sábado, 11 de abril de 2009

Eu mãe e Danny pai

Pois é, o Danny me vem com essa de pai, eu estava desconfiada que estaria grávida, meu tio que no começo da gravidez estava comigo também já havia "cantado" está bola, mas eu não quis acreditar, mas como não acreditar nos sintomas que eu mesma estava sentindo, enjoo, desejo de comer limão, chocolate (coisa que eu não gosto e vivo muito bem sem...rs).
Então acabei faltando aula um dia para ir ao médico e claro liguei e pedi a ele que me acompanha-se, ele foi e juntos recebemos a confirmação da gravidez, bomba na minha cabeça, tudo girava em torno de mim, meu mundo desabou, meu sonhos foram para tão longe dos meus pensamentos, enquanto eu me debulhava em lágrimas já imaginando o que estaria por vir ele chorava de alegria.
E agora o que fariamos dali para frente, e eu seguiria com aquela gravidez até o fim, pondo assim meus sonhos para um plano muito mais a frente?Ou faria como milhares de garotas e faria um aborto clandestino, pois aqui no Brasil aborto e ilegal e não é permitido, salvo quando em caso de estrupo ou risco de morte para a mãe.
Ali estava eu e ele, frente a frente tendo que tomar uma decisão que mudaria tudo, absolutamente tudo nas nossas vidas. Como proseguir?O que decidir?O que fazer? Se prossegui-se com a gravidez, como contar as nossas famílias?Como contar aos meus pais?
O que eu, principalmente, faria, porque a decisão que eu toma-se mudaria absolutamente tudo na minha vida, e naquele exato momento eu não conseguia pensar e nem decidir eu simplesmente chorava...

Desencontros e descobertas

Em Dezembro de 1996, eu e o Danny tivemos uma briga mais séria, e acabamos terminando em Janeiro de 1997, mas precisamente no dia 17.
Decidi então que não ficaria em Curitiba curtindo fossa, nunca fui disso, peguei minhas malas e viajei, fui visitar tios, conhecer primos, curtir a praia de Guaratuba que é minha eterna paixão.
Passado 3 longos meses, voltei de viagem, duvidas na cabeça, coração em pedaços ainda, mas com sonhos a conquistar, pretendia fazer muitas coisas naquele ano, conversando com uma tia, irmã de meu pai, decidi que iria fazer enfermagem, tirar a carteira pois nesse ano (1997) estaria eu completando 18 anos, então já poderia dirigir.
E uma das minhas principais decisões era há de não ver mais o Danny, já havia virado aquela página na minha vida, e decidido que tão cedo não queria namorar, mas o destino gosta de brincar com a gente, mal apareço no bairro onde morava e dou de cara com o melhor amigo dele, dizendo-me que ele estava mal por conta de uma cirurgia que havia feito e que esteve me procurando todo aquele tempo.
O que posso dizer?Meu coração bateu mais acelerado do que o ritmo de uma escola de samba, fui pega pela armadilha do tempo, que não conseguiu me manter tão segura de mim, tão segura de ter deixado aquele amor que me arrastou por 3 meses longe da minha família, meu coração queria deixar tudo e correr para vê-lo mas a minha razão tentava falar mais alto.
No dia seguinte segui com minha vida tentando não lembrar que havia falado com o amigo dele e ter tido notícias, me enfiei no trabalho (nessa época trabalhava no escritório de contabilidade da minha madrinha), comecei a procurar pelo curso que gostaria de fazer e estudar, tinha em mente que terminaria meu segundo grau logo, e com isso segui durante uma semana.
Sim foi uma semana, até receber uma ligação que acabou com todo a armadura que tinha criado em mim, a mãe dele me liga para saber como eu estava, mas claro para dizer que ele estava se recuperando da dita cirurgia e que em seus momentos de delírio por conta da febre chamava por mim...aiaiai
A cirurgia em si não era uma coisa complicada, ele havia passado por um procedimento cirúrgico para a retirada das amígdala, e ela como toda mãe zelosa me ligou para pedir se eu gentilmente poderia ir até a sua casa para vê-lo, juro que minha razão queria inventar uma desculpa e dizer não, mas meu coração me traiu dizendo sim, acredite mas eu disse.
E assim quando sai do escritório e arrumei uma desculpa qualquer para dizer que teria que passar pelo Portão, bairro que ele morava, não acreditei no que fiz...mas fui até lá e chegando na casa dele meu coração pulava dentro do meu peito como se fosse sair para fora.
Quando o vi foi como se estive-se o vendo pela primeira vez novamente, e ele com aquele jeito de me olhar que me desmonta-vá me disse um oi que foi no fundo da minha alma, me contive eu responde-lo e dar lhe a face para receber um beijo que ele fez questão de dar-me no canto da boca.
Seu melhor amigo estava junto com ele e para meu desespero olhou dizendo que estava indo embora, e foi, deixando-me ali sozinha com ele, o que aconteceu?Tudo que você possa imaginar, e ao final ele me olha dizendo nos olhos que seria o pai mais feliz do mundo.
Pai???